3a Semana dos NAPIs fortalece rede de apoio entre pesquisadores paranaenses
A produção de vacinas no Paraná ganhou um novo impulso com o apoio da Fundação Araucária, por meio do Novos Arranjos de Pesquisa e Inovação (NAPI) Vacinas. Durante a 3a Semana dos NAPIs, o coordenador do Arranjo, Breno Castello Branco Beirão, falou sobre o desenvolvimento de novas vacinas e o futuro do projeto.
“O mais elementar de tudo é agrupar as pessoas. No nosso caso, isso foi fundamental. Somos vários pesquisadores, inclusive muitos aqui em Curitiba, que, por ocasião da vida, não se conversavam. Esse agrupamento trouxe muitas vantagens para todos os participantes”, afirmou Beirão, professor de Patologia Básica da UFPR.
Atualmente, os pesquisadores do NAPI desenvolvem imunizantes para diversas doenças. “Cada grupo já tinha seus interesses e pesquisas em andamento. Temos, por exemplo, vacinas contra a dengue e doenças respiratórias, além de pesquisas voltadas para uso veterinário”, explicou Beirão.
No entanto, ele destaca que a colaboração entre os diferentes núcleos potencializa o impacto das pesquisas: “Mais importante do que os trabalhos individuais é a troca de conhecimento e a cooperação entre as equipes. Um faz experimentos para o outro, recebe gente nova e amplia o alcance dos estudos”.
O professor Breno Castello Branco Beirão na 3a Semana dos NAPIs (FOTO/Ana Paula Machado Velho)
Entre os avanços do grupo, um dos destaques é a criação de uma estrutura vacinal flexível. “Desenvolvemos uma tecnologia que hoje usamos para uma doença, mas que, com algumas adaptações, pode servir para outras. Isso surgiu na época da Covid-19 e agora estamos aplicando para vacinas contra a dengue, entre outras enfermidades”, explicou.
O evento, que aconteceu entre os dias 11 e 12 de março, em Curitiba, também foi uma oportunidade para ampliar as perspectivas do NAPI Vacinas. “Além de mostrar nosso trabalho, conseguimos estabelecer conversas que podem resultar em novas parcerias. Uma das evoluções do nosso NAPI é a ampliação do foco para além das vacinas, avançando para insumos biotecnológicos”, revelou o pesquisador.
Os insumos biotecnológicos abrangem desde vacinas até testes diagnósticos e tratamentos. “Basicamente, as mesmas tecnologias que usamos para criar vacinas podem ser aplicadas em exames para detectar doenças como a dengue ou no desenvolvimento de novas terapias. Essa ampliação agrega mais pesquisadores e mais linhas de pesquisa”, conclui Beirão.
Assista ao vídeo abaixo para acompanhar a apresentação do NAPI Vacinas na 3º Semana dos NAPIs e saber mais detalhes das pesquisas do Arranjo.
Por Guilherme de Souza Oliveira