A demanda principal é buscar contribuir para que o Estado do Paraná possa cumprir o seu compromisso assumido com o Protocolo de Paris e a NDC Brasileira, num trabalho transversal. Considerando que os setores e as áreas prioritárias do Estado estão diretamente relacionados com as emissões de GEE (Gases de efeito estufa), o NAPI EC tem direta relação com todas as Áreas Prioritárias.
Áreas prioritárias:
• Transformação digital
• Desenvolvimento Sustentável
• Agricultura e Agronegócio
• Biotecnologia e Saúde
• Cidades Inteligentes
• Sociedade, Educação e Economia
Solução técnica proposta:
• Desenvolver estudos e projetos de tecnologia e inovação visando avaliar o impacto das mudanças climáticas no Estado do Paraná, integralizando o inventário da emissão de gases e aerossóis atrelados ao efeito estufa provenientes de atividades urbano-industriais e agropecuárias, bem como a adaptação aos cenários climáticos futuros nos quais os eventos climáticos extremos tendem a se intensificar.
• Os estudos e projetos terão como escopo principal a quantificação dos impactos e a redução dos riscos às bases ecológicas da vida e às atividades econômicas e sociais em face da diferenciada vulnerabilidade socioambiental e da necessária prevenção aos impactos das mudanças climáticas globais.
Resultados esperados:
• Formação de Pessoal de excelência científica, tecnológica e inovação no campo das mudanças climáticas globais.
• Diagnóstico:
-Identificar os efeitos das mudanças climáticas e prognosticar de cenários.
-Inventariar emissões de black carbon para o estado do Paraná.
• Impactos:
-Interações entre mudanças climáticas e agricultura, biodiversidade e florestas do Estado
-Analisar a interação entre o clima e as cidades paranaenses/clima urbano.
• Comunicar os resultados à sociedade paranaense a partir de ações de Educação Ambiental em diversos âmbitos.
• Contribuir para a elaboração e implementação de políticas públicas e ações visando a mitigação, a adaptação e a resiliência rural e urbana às mudanças climáticas globais.
Instituições parceiras:
• Universidade Federal do Paraná UFPR
• Universidade Tecnológica Federal do Paraná UTFPR
• Universidade Estadual de Londrina UEL
• UNICENTRO Paraná
• Pontifícia Universidade Católica do Paraná PUCPR
• Universidade Estadual de Maringá UEM
• Universidade Estadual de Ponta Grossa UEPG
• Universidade Estadual do Oeste do Paraná UNIOESTE
• Universidade Estadual do Paraná UNESPAR
Fomento:
• Valores capital R$ 389.132,00
• Valores custeio R$ 681.089,20
• Valores bolsas R$ 2.178.750,00
• VALOR TOTAL APROVADO R$ 3.248.971,20
Link para o grupo na plataforma IAraucaria e contato com facilitadores:
https://www.iaraucaria.pr.gov.br/itl/#/home/groups/timeline?58a47feb=12
Link da apresentação: https://www.youtube.com/live/mI3R7HkqC9s?feature=share
Justificativa:
Mudanças climáticas contemporâneas constituem-se em ameaça global, generalizada e transversal aos sistemas naturais e às populações humanas. Invariavelmente, essas alterações promovem a ruptura de interações em sistemas biofísicos do planeta, alterando a capacidade do mesmo de sustentar a vida. Neste cenário, abordagens integrativas para ampla avaliação de como o fenômeno deve afetar sistemas sociais, econômicos e ambientais são necessárias para o alinhamento de ações acertadas para o desenvolvimento sustentável em um mundo com clima em constante mudança. Análises regionais, por incorporarem as especificidades de um domínio geográfico, levando em consideração características únicas e realidades pontuais, são fundamentais, uma vez que ações de mitigação e adaptação às mudanças climáticas são contexto-específicas. Nesta perspectiva, propõe-se à Fundação Araucária a criação do NAPI Emergência Climática com o propósito de avaliar como as mudanças climáticas afetarão as populações humanas do Estado do Paraná, por meio de uma investigação abrangente de suma influência sobre componentes ambientais, econômicos e sociais e, desta forma, fornecer à governança paranaense informações científicas que subsidiem a tomada de decisão racional para o enfrentamento da crise climática. De acordo com o relatório mais atual (AR6) do IPCC (Intergovernmental Panel on Climate Change), as projeções climáticas indicam que a temperatura do ar próximo da superfície do planeta continuará a aumentar nas próximas décadas, aumentando também a frequência de eventos extremos de precipitação, estiagens e ondas de frio e calor. No Paraná a instabilidade climática tem intensificado ondas de calor, enchentes, deslizamentos de encostas, vendavais, granizos, com a região oeste e sudoeste tornando-se rota de tornados nos últimos anos. Esses eventos acarretam severas consequências para populações humanas, implicando em pessoas desabrigadas, perda de patrimônio que alcança as atividades urbano-industriais, a agroindústria, o comércio, a agricultura e toda a sociedade paranaense, de forma direta e indiretamente. Aliado a isso, as alterações nas condições climáticas comprometem a segurança alimentar e hídrica, bem como potencializam problemas de saúde pública. É esperado, com alto nível de confiança, que as áreas rurais enfrentem grandes impactos em termos de disponibilidade e abastecimento de água, produtividade agrícola, infraestrutura e renda. Como a agricultura é uma atividade altamente dependente de elementos climáticos, as mudanças no clima tendem a afetar a produção agrícola pela severidade e redução do tempo.
Resumo:
Nos dias atuais os problemas gerais decorrentes das mudanças climáticas se agravaram de tal maneira que passaram à condição de emergência. A aceleração e intensificação de inúmeros problemas evidenciados, sobretudo, pelos impactos cada vez mais graves dos eventos climáticos extremos sobre grupos humanos, agricultura, economia e saúde, dentre outros, clama por medidas urgentes. Soluções baseadas na natureza são importantes ferramentas para mitigação e adaptação às mudanças climáticas e um passo fundamental para o Desenvolvimento Sustentável do estado do Paraná. Entretanto, para o desenvolvimento e planejamento de estratégias inovadoras para mitigação e adaptação aos impactos das mudanças climáticas, é importante, por exemplo, medir estoques de carbono, instaurar o monitoramento efetivo de gases do efeito estufa, da poluição atmosférica, da temperatura do ar e dos excessos hídricos, bem como disponibilizar a informação para os agentes envolvidos desenvolverem políticas públicas e privadas efetivas. Para tal, é importante o desenvolvimento de ferramentas tecnológicas e computacionais capazes de gerar e manter grandes volumes de dados, o que contribui enormemente para a Transformação Digital do Paraná. Neste contexto o NAPI – EMERGÊNCIA CLIMÁTICA tem por objetivo principal desenvolver estudos e projetos de tecnologia e inovação visando avaliar o impacto das mudanças climáticas no Estado do Paraná e promover a mitigação da emissão de gases e aerossóis atrelados ao efeito estufa provenientes de atividades urbano-industriais e agropecuárias, bem como a adaptação aos cenários climáticos futuros nos quais os eventos climáticos extremos tendem a se intensificar. Os estudos e projetos têm como escopo principal a quantificação dos impactos e a redução dos riscos às atividades econômicas e sociais em face da diferenciada vulnerabilidade socioambiental e da necessária prevenção aos impactos das mudanças climáticas globais. As propostas estão divididas em cinco eixos temáticos assim estruturados: 1 – Diagnóstico e particularidades das mudanças climáticas no estado do Paraná; 2 – Impactos das mudanças climáticas na biodiversidade e nas bases ecológicas do território paranaense; 3 – Mitigação das emissões dos gases de efeito estufa e poluentes climáticos de vida curta no estado do Paraná; 4 – Adaptabilidade e resiliência humana às mudanças climáticas: avaliação de riscos e vulnerabilidades; e 5 – Ações e perspectivas educacionais no processo de sensibilização e conscientização para o enfrentamento das emergências climáticas no Paraná. Os objetivos das propostas abarcam as principais áreas prioritárias para o investimento de CTI para o Estado do Paraná que foram baseadas nas condicionantes chaves Transformação Digital e Desenvolvimento Sustentável. Na área de Biotecnologia e Saúde serão investigados os impactos das mudanças climáticas na saúde populacional, possibilitando a elaboração de políticas públicas voltadas ao conforto térmico, à qualidade do ar e às inundações urbanas. Dentro da área de Agricultura e Agronegócio serão utilizadas diferentes ferramentas digitais e aplicações computacionais para avaliar os efeitos de eventos extremos na agricultura, aptidão agrícola de diferentes espécies cultivadas e efeitos na condição individual de organismos frente às mudanças climáticas, assim como a identificação de refúgios climáticos que são importantes áreas para conservação futura da biodiversidade paranaense. O conhecimento gerado pelos diferentes grupos de trabalhos é de grande aplicação para a área de Cidade Inteligentes, posto que será avaliada a importância dos espaços verdes e do uso do solo nos centros urbanos do Paraná como medida mitigadora dos impactos das mudanças climáticas, assim como será feito o mapeamento de situação de risco, vulnerabilidade e resiliência das cidades em face a poluição do ar, temperatura, umidade e saúde. A proposta também irá abordar temas como tecnologias de baixo carbono e a conservação da biodiversidade e de recursos hídricos, portanto, a proposta está indiretamente relacionada à área de Energia Sustentável/Renovável. Por fim, a proposta irá implementar ações e perspectivas educacionais e de comunicação para sensibilizar e conscientizar a sociedade para o enfrentamento da emergência climática no Paraná, inclusive investigações sobre as estratégias aplicadas para o processo de comunicação de riscos, o que será essencial para a Sociedade e Economia pós pandemia. Neste sentido, toda a sociedade paranaense (setores público e privado) será envolvida nos estudos, projetos e atividades de conscientização e promoção de atividades visando a construção de um futuro embasado nas perspectivas dos ODS.
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