Com o objetivo de impulsionar o desenvolvimento sustentável do Paraná, a Fundação Araucária vem há duas décadas implementando investimentos para fomentar a pesquisa científica e tecnológica, formar capital humano de excelência, bem como disseminar os resultados exitosos de tais esforços. Firme nessa missão e atenta às demandas dos próximos 20 anos, a entidade traz a público os resultados do projeto Paraná 2040 – Rotas Estratégicas de Ciência, Tecnologia & Inovação (CT&I).
Realizada em cooperação técnica com o Observatório Sistema Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), essa iniciativa pautou-se por quatro direcionadores temáticos, afinados a tendências e tecnologias de impacto na contemporaneidade: inovação, sustentabilidade, transformação digital e desenvolvimento territorial. Sob tal luz, as rotas estratégicas foram lapidadas com base no modelo de hélice quádrupla, o qual abraça o pressuposto de que o impulsionamento da inovação se dá pela efetiva interação de uma pluralidade de agentes, oriundos do poder público, das universidades, das empresas e da sociedade civil.
Esse relevante trabalho, feito a muitas mãos, envolveu dois ciclos de pesquisa. O primeiro deles foi dedicado à investigação e materialização dos planos de longo prazo para os Ecossistemas de CT&I Litoral, Norte Central, Oeste e da Região Metropolitana de Curitiba (RMC). O segundo, por sua vez, lançou olhar para os Campos Gerais, Centro-Sul, Noroeste, Norte Pioneiro e Sudoeste.
Para sua implementação, o projeto Paraná 2040 se utilizou de metodologias já consagradas, mas também ousou em lançar mão de um modus operandi pioneiro no cenário brasileiro, a chamada especialização inteligente. Esta permite o olhar refinado aos ativos de cada Ecossistema de CT&I, sem perder de vista que tais capacidades se conjuguem em favor do Paraná compreendido como um todo. Nessa lógica, as rotas estratégicas emergem sistematizadas a partir de ativos locais e globais do presente, de promissores domínios regionais de transformação e de visões de futuro compartilhadas entre diversos atores.
Devido ao seu caráter intrinsecamente coletivo, essa iniciativa pode ter suas contribuições apropriadas de modo pragmático não apenas pelo poder público, mas sim por todos os engajados na sua concepção, bem como quaisquer outros interessados. Daí a pertinência de torná-las amplamente acessíveis. Acreditamos que as rotas estratégicas configuram um espaço singular ao encontro fino entre CT&I, competitividade econômica, prosperidade social e valorização ambiental. Essa junção é nutrida por aprendizados do passado, necessária para defrontar os desafios da atualidade e chave ao amanhã sustentável que estamos a construir.
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OBJETIVOS
O projeto teve por objetivo construir Rotas Estratégicas de CT&I estruturadas para os Ecossistemas Regionais do Paraná, tendo 2040 como perspectiva temporal. Também se orientou por sete objetivos específicos:
CONCEITOS
Durante sua concepção e seu desenvolvimento, o projeto utilizou diversas abordagens analíticas, sendo quatro principais:
ETAPAS
O projeto se estendeu em quatro etapas e doze subetapas:
Vale destacar que a identificação de domínios e subdomínios de transformação foi concretizada por meio da aplicação de um método inédito, nomeado Matrix CT&I, desenhado pelas equipes de pesquisa do Observatório Sistema Fiep e da Fundação Araucária. A abordagem estabelece um processo reflexivo e estruturado com foco na concepção de uma estratégia de especialização inteligente autoral para o estado do Paraná.
Esse modo de pensar, por sua vez, contempla três démarches analítico-conclusivas:
RESULTADOS
A estruturação da Rota Estratégica do Ecossistema Regional de CT&I RMC envolveu um conjunto significativo de etapas, metodologias, dados, análises, debates, sistematizações e atores.
A figura a seguir busca traduzir em quantitativos tais esforço.
