A demanda principal é:
• Promover o desenvolvimento da cadeia utilizando a rede de competências do território, estimulando a integração e a cooperação técnica (governo, universidades, ICTs e o mercado privado);
• Constituir cadeia produtiva e Hub de Inovação do biogás e biometano;
• Oferecer suporte ao desenvolvimento regionalizado, baseado em uma matriz energética limpa e renovável.
Áreas prioritárias:
• Agricultura e agronegócios
• Energias sustentáveis e renováveis
Solução técnica proposta:
• Criação da Rede de Inovação em Biogás e Biometano.
• Elaboração de Roadmap dos agentes envolvidos na cadeia do biogás e suas competências.
• Consolidação de unidades de referência tecnológica (URT) do biogás.
• Desenvolvimento de Rota do Biometano.
• Ações voltadas para transferência de conhecimento e troca de experiência, integrando academia, setor privado e público.
• Proposta de um edital institucional que promova ações estruturantes para modernização e fomento da cadeia do biogás.
• Plataforma tecnológica para inovação e desenvolvimento da cadeia do biogás.
• Promoção do biogás, suas tecnologias e potencialidades (participação em eventos).
Resultados esperados:
O foco será a estruturação de um plano de trabalho para um projeto de Hidrocarbonetos Renováveis no Paraná. As etapas de trabalho são constituídas por:
• Projeto Hidrocarbonetos Renováveis no Paraná.
• Oportunidades de Mercado.
Instituições parceiras:
• Centro Internacional de Energias Renováveis (CIBiogás-ER)
Fomento:
• Subtotal de bolsas R$ 45.380,00
• Subtotal de serviços PJ R$ 1.000,00
• Subtotal de diárias R$ 2.540,00
• Subtotal de deslocamentos R$ 3.500,00
• TOTAL R$ 52.500,00
Link da apresentação:
https://www.youtube.com/live/L7MwgMpH-ng?feature=share
Justificativa:
A segurança energética e a garantia da continuidade do suprimento de derivados de petróleo no mercado, tem sido tema recorrente em discussões de políticas governamentais em áreas consideradas estratégicas no Brasil, principalmente com relação à disponibilidade física de petróleo e de seus derivados, em virtude de ser uma fonte limitada e não renovável e, com ampla inserção no setor de transporte e utilizado como matéria prima de diversos processos industriais. Quando não há disponibilidade ou os custos associados à extração e refino do petróleo são considerados elevados, outras avaliações sobre a oferta de energia primária entram na pauta das estratégias. Promover a pesquisa e desenvolvimento em âmbito estadual e buscar iniciativas que supram a demanda por petróleo mediante utilização de processos mais sustentáveis e eficientes, destacando a oportunidade de crescimento por meio do potencial das propensões locais e crescimento das energias renováveis e descentralizadas, coloca o Estado do Paraná em uma posição de destaque a nível nacional ao acompanhar tendências mundiais em avanço e modernização da matriz energética. Apesar da existência de tecnologias amadurecidas para produção de biogás e biocombustíveis de primeira e segunda geração, novas atividades de pesquisa têm identificado rotas tecnológicas alternativas para a produção de biocombustíveis líquidos não oxigenados. Tal interesse tem fundamento em vários aspectos técnicos como problemas de especificação e a disponibilidade de matérias-primas renováveis que muitas vezes competem com a indústria alimentícia. A nível nacional, já existem iniciativas por meio de políticas públicas, como o RenovaBio, que estabeleceu metas anuais para descarbonização da matriz energética no setor de combustíveis e a Rede Brasileira de Bioquerosene e Hidrocarbonetos Renováveis para Aviação (RBQAV), que estimula a troca de conhecimento entre empresas do setor oleoquímico, universidades e institutos de pesquisa que atuam na pesquisa em bioquerosene e hidrocarbonetos renováveis. Ao avaliar o potencial de desenvolvimento do mercado, a produção de hidrocarbonetos renováveis via conversão catalítica do CO2 oriundo do biogás ou via produção de gás de síntese a partir da reforma do biogás, oportuniza a exploração de plantas que já se encontram em operação. De acordo com os dados levantados e tratados pelo CIBiogás e disponibilizados na plataforma do BiogásMap, em 2019, foram contabilizadas 521 unidades produtoras em operação no Brasil que produziram um total de 1,3 bilhões de metros cúbicos de biogás por ano, sendo o Paraná o segundo estado com maior quantidade de plantas, 110 unidades no total e utilizando majoritariamente como substrato resíduos do setor agroindustrial. Destaca-se que o contingente de plantas que realizam o processo de refino de biogás é bem reduzido, portanto vislumbra-se uma grande oportunidade na produção de hidrocarbonetos via reforma do biogás. Nos quesitos ambientais, proporcionar novas aplicações ao biogás permite a redução de impactos em duas principais vertentes. Ao fomentar o uso de métodos que proporcionam a utilização do CO2, seja por meio da captura e aproveitamento do dióxido de carbono ou pela reforma do biogás, transformando o gás que costumeiramente rejeitado em um ativo energético ou em matéria prima de outras aplicações comerciais, como a produção de biopolímeros, a redução na emissão de gases de efeito estufa (GEE) é alcançada, haja visto que os dois principais componentes do biogás seriam aproveitados em novas aplicações. Além disso, as rotas tecnológicas empregadas na produção de hidrocarbonetos alternativos, p.4 /6 configuram-se como um processo limpo e renovável. Todavia ao estimular novas técnicas e novos produtos que proporcionam robustez e maior atratividade comercial à cadeia do biogás no âmbito do agronegócio, fomenta-se o tratamento adequado aos passivos ambientais relacionados às biomassas residuais, que quando dispostas na natureza, sem o devido tratamento, culmina na contaminação do solo, das águas e da atmosfera, proliferação de vetores de diversas doenças endêmicas e odores desagradáveis que impactam a qualidade do ar. O desenvolvimento da cadeia produtiva do biogás ainda abre portas para discussões mais aprofundadas sobre o pagamento por prestações de serviços ambientais, uma vez que a produção de biogás caracteriza que o serviço foi prestado de forma satisfatória. Esse modelo vem sendo discutido em âmbito nacional e visa estimular o princípio do poluidor pagador. Agregar valor ao setor do agronegócio ao mesmo tempo que se impulsiona o desenvolvimento de soluções inovadoras que utilizam práticas sustentáveis, tanto economicamente, quanto relacionado ao desenvolvimento social e tratamento de resíduos, proporciona avanços tecnológicos não somente ao setor e as instituições envolvidas, mas ao Estado como um todo. Com isso, o Paraná aumenta sua relevância e destaque em discussões de políticas públicas em esferas consideradas estratégicas à nível.
Resumo:
A energia e o uso dos derivados de petróleo têm um papel fundamental no crescimento econômico e desenvolvimento de um país propiciando avanços industriais, tecnológicos e ocasionando melhorias no padrão de vida da sociedade. Aliada a estas vantagens, amplia-se o desafio ao combate às mudanças climáticas e modificação nos padrões tradicionais de consumo. Embora o Brasil busque incentivar o suprimento da demanda energética mediante utilização de processos mais sustentáveis, e seja reconhecido mundialmente pela excelência de suas atividades em pesquisa e inovação tecnológica nas áreas de energia renovável e biocombustíveis, dos quais se destacam o biodiesel, o etanol e o biogás, os modelos atuais de mobilidade, no entanto, ainda são caracterizados pelo uso predominante de combustíveis p.2 /6 fósseis, que apresentam elevados custos econômicos e sofrem com oscilações cambiais e severas alterações de preços conforme as incertezas do mercado internacional, e, ainda representam uma das parcelas mais significativas na poluição das cidades brasileiras. Logo evidencia-se a necessidade estratégica de desenvolver soluções inovadoras que possam suprir as demandas energéticas, bem como potencial de oportunizar a abertura de novos mercados. Neste contexto, vislumbrou-se a possibilidade da obtenção de hidrocarbonetos renováveis que dispõem de propriedades físico-químicas similares aos derivados do petróleo, como óleo diesel, gasolina, querosene de aviação e polímeros sintéticos, e são produzidos por meio de diferentes rotas tecnológicas que possuem impacto ambiental reduzido quando comparado às rotas convencionais de extração e refino do petróleo, como a hidrodeoxigenação de óleos e gorduras animais e vegetais, conversão catalítica (e.g., Fischer-Tropsch) a partir de gases de síntese, processos fermentativos utilizando bactérias, leveduras ou microalgas, conversão catalítica do CO2 oriundo de incineradoras, termelétricas movidas a biomassa. Os hidrocarbonetos de origem alternativa se apresentam como um potencial substituto aos derivados do petróleo e com aplicações diversas na indústria em geral, especialmente na energética, farmacêutica e em processos de fabricação de plásticos. No âmbito desta proposta, a matéria prima considerada para a produção de hidrocarbonetos renováveis será o biogás proveniente de resíduos da agroindústria. A utilização do biogás pode ser realizada por meio de dois processos distintos de conversão catalítica, sendo o primeiro deles a captura do CO2 descartado no processo de refino, ou por meio da reforma do biogás e obtenção de gás de síntese. É importante salientar que dependendo da matéria prima ou processo de produção de biogás empregado haverá processos de hidrogenação envolvidos, que por sua vez devem exigir a obtenção de hidrogênio renovável e que neste contexto apresenta-se mais um potencial produto a ser explorado. A adição e aceitabilidade do mercado quanto a introdução de um novo produto e sua cadeia de produção, é um processo considerado complexo e exige a organização, integração e coordenação de ações estruturantes que forneçam informações e inspire confiabilidade aos futuros investidores, oferecendo suporte às estratégias de investimentos e programas de desenvolvimento regional. O Paraná possui um longo histórico de investimentos e estímulo à pesquisa de base que proporcionaram o desenvolvimento de uma estrutura inigualável em termos de produção agroindustrial, prezando pela eficiência e sustentabilidade. Buscar atender as eminentes demandas energéticas utilizando resíduos deste setor, valendo-se da pesquisa e inovação em rede fortalece-se o intercâmbio de conhecimento entre os profissionais nas esferas estadual, nacional e internacional, ao mesmo tempo que se estimula o empreendedorismo, competitividade e novas oportunidades de mercado por meio da inovação.
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